Defesa diz que não há provas de participação de Bolsonaro na trama golpista

Na manhã desta quarta-feira (03/09), o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados pela tentativa de golpe. Durante a sessão, o advogado do ex-presidente afirmou que não existe “uma única prova” que comprove a participação dele na articulação golpista.

Advogado de Bolsonaro diz que ex-presidente não atentou contra o Estado democrático de Direito

Celso Vilardi, saiu em defesa de Bolsonaro e negou qualquer ligação de seu cliente com um suposto plano que previa o assassinato de autoridades. Segundo o jurista, não existe prova que relacione o ex-presidente aos dois documentos de teor golpista apreendidos ou aos atos de 8 de janeiro: “Não há uma única prova que atrele o presidente a Punhal Verde e Amarelo, a Operação Luneta e a 8 de janeiro. O presidente (Bolsonaro) não atentou contra o Estado democrático de Direito. Não tem absolutamente nada a ver com o 8 de janeiro.“, afirmou. logo a princípio.

Em seguida, Vilardi completou; “Em momento algum o ex-presidente deu início aos protocolos, e protocolos extremamente rígidos, para instalação, para a convocação do estado de defesa e estado de sítio. São dos atos mais colegiados da nossa legislação. Eles não são, como pode se pensar, um ato de força unilateral do presidente da República.”, afirmou. Na sequência, o advogado ainda acrescento que Bolsonaro nunca deu “comandos” para o planejamento de um golpe.

Saiba mais

Bolsonaro é réu ao lado de sete aliados por tentativa de golpe de Estado após a derrota na eleição presidencial em 2022. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele e outros 7 aliados faziam parte do ‘núcleo crucial’ da tentativa de golpe e podem pegar até 43 anos de prisão por cinco crimes diferentes. São eles: Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Tentativa de golpe de Estado, Participação em organização criminosa armada, Dano qualificado e Deterioração de patrimônio tombado.

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